terça-feira, 19 de julho de 2011

O poder da calça jeans

Meu avô em sua mineirice tem o hábito de dizer: Menina, vc não tira a calça JEANS do corpo! E ele lê tudo como é, ou seja, literalmente JEANS. Sempre acho engraçado.

Pode faltar de tudo no meu guarda roupa, mas a bendita da calça jeans, não.

Combina com tudo, inclusive variedade de sapatos, sandálias e cores. É quase um acessório.


O dia que acordo sem inspiração para me arrumar, isso significa: Todos os dias! Vou direto na calça jeans, com qualquer coisa e o dia que levanto no pique, também!

Isso não quer dizer que renego o resto do guarda-roupa, apenas dou a devida importância a quem merece! Haha

Fico observando a evolução dos vestuários femininos e se tivesse nascido nas épocas dos vestidos rodados e diga-se de passagem, pesadíssimos! Acho que sofreria muito. Pediria pra morrééééé...

É fato, que jeans não é tecido e nem vestuário pra quem mora em país tropical como o nosso, e claro que é made in EUA, ops, mais ou menos!

Dá só uma olhadinha...

Jeans ou calças de ganga é o nome de um tipo de calça. O jeans começou a ser fabricado em 1872 em Nimes, na França. O nome "tecido de Nimes" acabou sendo abreviado por apenas "denim". Em princípio, quem importava esse tecido era a Itália, para confeccionar os uniformes dos marinheiros que trabalhavam no porto de Gênova. Esses genoveses, chamados de "genes" pelos franceses, acabaram também ganhando créditos dos norte-americanos, que o apelidaram de "jeans". Levi Strauss foi quem criou o jeans nos Estados Unidos no ano de 1853 para atender garimpeiros da Califórnia. Os rebites de reforço foram patenteados em 1873 por Levi Strauss e Jacob David. Tachinhas de cobre foram utilizadas para dar uma maior resistência aos bolsos que não estavam resistindo ao peso colocados neles. Os pontos críticos das calças foram reforçados, tornando-as mais duráveis.


Na sequência, como muitos sabem, a grande pioneira na fabricação de jeans é a Levi's, mas só na década de 70, o famosíssimo Calvin Klein bota a calça jeans nas passarelas e o bang! acontece.

Continuando...
Mas o que seria de nós, pobres mulheres, sem uma calça jeans no armário??

Em minha rélis opinião, a calça jeans abriu portas e fez parte da transformação de mulheres que só ficavam em casa, em mulheres que usam calça, assim como os homens, e tem capacidade de fazer as mesmas coisas. Isso não é machismo, é apenas a idéia, de que a mulher começou a achar que tinha capacidade, que tinha força e se vestiu para isso. Com muito mais classe e beleza, claro!

Machismo foi ter queimado sutiã! Isso sim! Uma peça útil, bonita e conveniente! Da onde as feministas da época tiraram a idéia de queimar um dos vestuários mais femininos e sensuais que conheço?? Mas, acho que isso dá outro post...

Quando uma mulher põe uma calça jeans, daquelas poderosas, que modelam cada curvinha do corpo, encobrem imperfeições e desenham silhuetas é impossível não se sentir poderosa. E isso qualquer um percebe, inclusive, os homens, em que a calça jeans não tem o mesmo efeito (com algumas poucas exceções, rs). Essa coisa de homem com calça mais apertada que tudo não cola, sorry!


Eu sei que é a calça jeans que denuncia os quilinhos e gordurinhas extras as vezes, mas imagina além do sobrepeso ter que usar uma saia ou um vestido que te faz sentir vestida de capa de botijão o tempo todo... nada contra essas roupas, mas bom senso vale a pena!

Enfim, parece coisa de gente louca escrever um post sobre calça jeans, mas eu simplesmente as adoro. Ao contrário do que muitos pensam usar calça jeans não é pecado e nem diminui a feminilidade das mulheres, mas ao contrário, nos faz sentir poderosa! E quem não quer uma mulher que se sente poderosa e linda todos os dias? 

Parece um pouco consumista e superficial, eu sei!

Mas as vezes, nós mulheres, ou melhor, nós seres humanos, precisamos de momentos consumistas e superficiais pra nos sentirmos vivos. Futilidade e idiotice as vezes faz bem! E ahhh traz poder! 

Viva a calça jeans!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Caçando borboletas


E a história é assim:

Era uma vez uma linda Margarida branca, que se achava a pior das flores, pois acreditava não ter cor, ser branca era muito sem graça.
Ela olhava as outras flores, todas coloridas, o sol, a lua, estrelas e tudo que existia tinha muita cor.
Menos ela.
Ela choramingou a todos que encontrava.
Um belo dia, várias borboletas apareceram no jardim e todas as flores começaram a se exibir, menos a Margarida. Todas desejavam que as borboletas posassem sobre elas, mas a Margarida não acreditava ser possível que acontecesse isso com ela.
Em dado momento, uma bela e muito colorida borboleta pousou sobre ela e todas as flores do jardim ficaram observando chocadas, inclusive a Margarida, que de pronto perguntou:
- Por que eu, linda Borboleta? Sou uma flor tão sem graça!
E a borboleta lhe disse:
- Porque o seu branco é simplesmente lindo! Tudo combina com ele. Ele realça minhas cores e eu fico mais bonita ainda.
A Margarida ficou muito contente e percebeu seu valor.


Essa história é um breve resumo de um livro infantil, que li aos meus alunos, do qual honestamente não me recordo o nome e que resolvi compartilhar aqui, depois de um bom tempo sem escrever.

Fiquei analisando o motivo da minha falta de inspiração nesses últimos dias e percebi o quanto a falta de sensibilidade atrapalha. 

Hoje fui ao médico com meu pai e lá havia um casal de senhores que passariam com o mesmo médico, claro que me chamou atenção o fato de estarem envelhecendo juntos num tempo em que nada dura muito, mas aconteceu uma cena, e essa sim, meio subliminar, contida, rápida e de extrema sensibilidade foi o que realmente me cativou. 

A sala de espera estava lotada e esse casal estava sentado um ao lado do outro, quando chega um outro senhor e mais que rapidamente o senhor com a esposa dá lugar a ele. A esposa lhe lança um olhar terno e um sorriso meigo e naquele momento eu simplesmente consegui captar a admiração, o respeito e o amor intrínsecos, mesmo em um gesto tão pequeno e entender que grandes construções são feitas de pequenos tijolos.

A beleza externa vai embora com o tempo, as marcas do tempo são implacáveis, mas aquilo que é construído, toda a cumplicidade e o valor do outro e de uma relação não acaba de um dia para o outro.

O que tem a ver um livro infantil sobre uma Margarida e um momento, de certa forma insignificante, de um casal de idosos?

Simples. Os dois se baseiam em pequenas coisas. Na percepção de pequenos momentos, do valor de si, de quem está ao redor e na beleza singela das coisas e isso as torna grandiosa.

Tenho a tendência a me ater a grandes realizações e na verdade, todos nós ou a grande maioria também faz isso. Coisas, pessoas e momentos grandes são importantes. São e devem fazer parte da vida. Mas perder o olhar sobre o que foi construído pode nos tornar insensíveis.

Quando conseguimos um bom emprego ou encontramos o grande amor da nossa vida, ou qualquer outra realização, nós as vezes perdemos a essência de tudo o que passamos, dos pequenos momentos, dos detalhes de como conseguimos ou nos tornamos determinada pessoa, e as vezes nos perdemos, porque na verdade somos feitos de pequenos detalhes.

Talvez, as pequenas coisas que fazem diferença na sua vida: rir até chorar, conversar sobre o tempo com um estranho na fila do banco, comer um chocolate no meio da tarde, lamber a vasilha do bolo, caminhar numa praça com um fone de ouvido, assistir a um filme bobo na Sessão da tarde, tomar um bom banho depois de uma dia estressante, dormir feito criança, acordar tarde num sábado, deitar na cama só para sonhar, ouvir música sem pensar em absolutamente nada, pegar um cinema numa terça a tarde, tomar sorvete e deixar cair na roupa, reencontrar pessoas, ficar com os amigos vendo TV, a primeira mordida numa bomba de chocolate e muitas outras coisas, tenham se perdido em meio a busca de alguma coisa.

Na verdade, eu acabei de listar algumas das coisas simples que fazem da minha vida um grande acontecimento e que dão sentido a ela. As vezes eu não percebo isso.

Não sei quais são suas pequenas coisas, meu caro leitor, mas assim como eu, deixo aqui o meu apelo para que você comece a percebe-las e talvez fazê-las mais  e mais vezes... Tem uma frase do Arnaldo Jabor que gosto muito, ela diz assim: 'Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento'. Que seja o melhor!

Não é preciso caçar borboletas, basta ser simples, perceber coisas simples e com certeza as mais belas, coloridas, instigantes e extravagantes borboletas virão no seu jardim. Quando menos se espera. A beleza simples, aquela que é real atrai os melhores olhares e constrói as mais bonitas e longas relações. 

Por fim, vou deixar um videozinho, nada para pensar, apenas pra apreciar, rir e achar graça... se você quiser!